sábado, 17 de julho de 2010

O Tempo...(Menina do Rio)


Já não sei, não conto anos...
Foram tantos desenganos que os deixei de contar
Já nem sequer conto os dias
frutos de noites tardias
feitas de espera e sonhar
Já não conto mais as horas desde que fiz-me senhora do meu tempo pequenino
castrei meus sonhos meninos tão tenros de mocidade por uma felicidade que nunca vi na viagem que fiz aqui de passagem.

Nessa vida retirante conto de hoje em diante os sorrisos das pessoas tardes vividas à toa, flôres de muitos jardins rosas, gerânios, jasmins, beijos, afagos, lembranças de doces tempos de infância
Conto sim, a nossa história trechos rasos de memórias marcas fincadas no rosto
o pó de muito desgosto
Cheiros de sal e de terra tantas batalhas e guerras..
Tantas que nunca venci!!
Muitas nas quais eu morri..

E contarei, com certezada vida, toda a beleza lugares por onde andei
Mas dias, anos e meses feitos de tantos revezes
Eu não mais os contarei.

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