apreciem as palavras....
Ressoam ainda as reminiscencências da primavera
A fragrância das orquídeas azuis
o fremir da brisa ao cair da tarde
a preceder a vontade de ver as estrelas
presente no brilho dos olhos de "Alícia".
Na solicitude ecoa enamorado sentimento
retenho nas mãos flores sem perfume
em meu suspiro apenas suplico:
Não se deixem morrer orquídeas...
A estiagem silenciou os ventos
o sopro de vida no misterioso jardim
um descontentamento em desamparo
das Serras que adoeceram e levou recluso "Alicia".
Adormece as carícias, a beleza revelada
sangrando na terra molhada do orvalho
de vermelho-azul o coração de "Alícia"
contradizendo os versos, morres agora para a vida...
Nas Serras sem flores, viveu "Alícia"...
Carlos - Dezembro de 2007