sábado, 20 de outubro de 2012

Filhos trazem felicidade?


Por que a discussão realista sobre os problemas da paternidade causa tanto desconforto – e como ela pode ensinar os casais a sofrer menos.

 

É 1 hora da madrugada. Um choro estridente desperta a ex-judoca olímpica Danielle Zangrando, de 33 anos. Desde que levou Lara do hospital para casa, as mamadas a cada três horas impedem o sono de antes. Ela pula da cama e oferece à filha o peito. Depois, troca a décima fralda daquele dia, embala a bebê no colo, caminha com ela em busca de uma posição que a faça parar de chorar. O choro prossegue. Daniele tenta bolsa de água quente e gotinhas de remédio. Nada de o berreiro cessar. Duas horas depois, mãe e filha formam um coro: Danielle também cai em prantos, desesperada. É a primeira cólica de Lara, com 20 dias de vida. O pai, Maurício Sanches, funcionário público de 48 anos, se sente impotente. Está frustrado e desconta a frustração na mulher: “Você comeu algo que fez mal a ela?”. A partir de então, Danielle se privará também do chocolate. Já desistira do sono, da liberdade, do trabalho como comentarista de esporte. Na manhã seguinte, ainda exausta da maratona noturna, retomará a mesma rotina, logo cedo: amamentar, dar banho, trocar fralda, botar para dormir. “Ninguém sabe de verdade como é esse universo até entrar nele”, diz Danielle. Hoje, Lara está com 2 anos. As noites não são tão duras quanto costumavam ser. Mas Danielle e Sanches ainda dizem que ter filhos é uma missão muito mais difícil do que eles haviam imaginado.
Eis um problema: a paternidade, que deveria ser o momento mais feliz da vida dos casais – de acordo com tudo o que aprendemos –, na verdade nem sempre é assim. Ou, melhor dizendo, não é nada disso. Para boa parte dos pais e (sobretudo) das mães, filhos pequenos são sinônimo de cansaço, estresse, isolamento social e – não tenhamos medo das palavras – um certo grau de infelicidade. Ninguém fala disso abertamente. É feio. As pessoas têm medo de se queixar e parecer desnaturadas. O máximo que se ouve são referências ambíguas e cheias de altruísmo aos percalços da maternidade, como no chavão: “Ser mãe é padecer no Paraíso”. Muitas que passaram pelo padecimento não se lembram de ter visto o Paraíso e, mesmo assim, realimentam a mística. Costumam falar apenas do amor incondicional que nasce com os filhos e das alegrias únicas que se podem extrair do convívio com eles. A depressão, as rachaduras na intimidade do casal, as dificuldades com a carreira e o dinheiro curto – disso não se fala fora do círculo mais íntimo e, mesmo nele, se fala com cuidado. É tabu expor a própria tristeza numa situação que deveria ser idílica.

A boa notícia para os pais espremidos entre a insatisfação e a impossibilidade de discuti-la é que começa a surgir um movimento que defende uma visão mais realista sobre os impacto dos filhos na vida dos casais. Seus adeptos ainda não marcham nas ruas com cartazes contra a hipocrisia da maternidade como um conto de fadas. Mas exigem, ao menos, o direito de falar publicamente e com franqueza sobre as dificuldades da situação, sem ser julgados como maus pais ou más mães por se atrever a desabafar. Por meio de livros e, sobretudo, com a ajuda da internet, eles começam a falar claramente sobre os momentos de angústia, tédio e frustração que costumam acompanhar a criação dos filhos. Nas palavras da americana Selena Giampa, uma bibliotecária de 35 anos, dona do blog Because Motherhood Sucks (A maternidade enche...), “a maternidade está cheia de momentos de pura felicidade e amor. Mas tudo o que acontece entre esses momentos é horrível. Amo ser mãe, de verdade. Mas tenho de dizer a vocês que, assim como qualquer outro emprego, muitas vezes eu tenho vontade de pedir as contas”. Com uma notável diferença: ninguém pode se demitir do emprego de mãe ou de pai. Ele é vitalício.
O melhor exemplo dessa nova maternidade é o livro Why have kids (Por que ter filhos), sem previsão de lançamento no Brasil, escrito pela jornalista americana Jessica Valenti, de 34 anos. Durante a gravidez de sua primeira e única filha, Jessica teve um aumento perigoso de pressão arterial. Layla nasceu prematura, pesando menos de 1 quilo. Passou oito semanas na incubadora do hospital. Ao longo dos 56 dias em que viu a filha sofrer dezenas de procedimentos invasivos, Jessica refletiu sobre como idealizara a experiência de ser mãe. Seu livro parte daí para criticar a cobrança pela maternidade perfeita, uma espécie de pano de fundo imaginário contra o qual as mães de verdade comparam suas imensas dificuldades e seus inconfessáveis sentimentos negativos. “Não falar sobre a parte ruim da maternidade só aumenta o drama dos pais e as expectativas irrealistas de quem ainda não é”, disse Jessica a ÉPOCA

http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/noticia/2012/10/filhos-e-felicidade.html

 

Alcançar a felicidade é mais difícil para quem sonha com o impossível..

Você saberia responder, sem pestanejar, o que é felicidade? Existem teorias que afirmam: a felicidade é uma enganação criada pelo psiquismo humano para garantir a sobrevivência da espécie. Por isso a queremos a qualquer preço, sem saber exatamente do que se trata.
Os primeiros a tentar explicar a felicidade foram os antigos filósofos gregos. Para os epicuristas, por exemplo, o homem só conseguiria ser feliz se deixasse de lado as preocupações com o destino e as angústias em relação à morte e fosse em busca do prazer e da contemplação do belo, que deveria ser o objetivo principal de cada ação humana.

Fórmula simplificada

Depois dos filósofos, vieram os sociólogos, antropólogos, psicólogos, neurocientistas aos quais se juntaram até publicitários e marqueteiros, na tentativa de explicar o que é ser feliz (ou de explorar essa dúvida para convencer o outro de que o segredo da felicidade está em ter isso ou ser aquilo).
"A ideia de felicidade muda de acordo com a época. Na Roma Antiga, só era possível ser feliz se houvesse liberdade. Um escravo, então, jamais poderia sonhar com ela. Já para o homem contemporâneo, ela está ligada a outras questões, como ter a possibilidade de realizar seus desejos", explica Dulce Critelli, terapeuta existencial e professora de Filosofia da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).
 

problema é que dentro da ideia "felicidade é poder ter" cabe tudo. Ou quase tudo. O homem contemporâneo, em especial o mais jovem, acredita que será plenamente feliz quando tiver um excelente salário, um casamento harmonioso, um ou dois filhos bonitos, saudáveis e educados. E que esse pacote venha acompanhado de muito sucesso na carreira.


"Nas sociedades modernas ocidentais, o sucesso profissional é uma dos índices usados para medir o grau de felicidade, que deve ser diretamente proporcional ao tamanho das conquistas", afirma a terapeuta existencial. Ou seja, quanto mais sucesso, mais feliz a pessoa deve ser. Mas, no dia a dia, a prática não comprova a teoria. Nem sempre quem consegue conquistar o que sonhou consegue se sentir plenamente feliz.
"A construção do conceito do que é felicidade tem a ver com a história de cada um, de como cada pessoa aprendeu a lidar as dificuldades da vida", diz Ana Mercês Bahia Bock, psicóloga, professora de Psicologia Social da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).

De acordo com Ana, existem pessoas marcadas pela coragem, que enfrentam as maiores dificuldades, mas não desanimam. Em geral, estas se consideram felizes, ainda que estejam passando por momentos difíceis, com graves situações financeiras ou a morte de uma pessoa querida. Outras, entretanto, desenvolvem, ao longo da vida, baixa resistência às frustrações o que, não raro, gera dificuldades em lidar com as perdas, não importa se é o furto do carro 0 Km ou apenas um pneu furado que atrasou o sujeito para uma reunião nem tão importante.

"É comum que o medo permanente de perdas que aflige as pessoas desse tipo as impeça de aproveitarem suas conquistas, pois ela sempre estarão imaginando qual vai ser o próximo prejuízo que sofrerão", afirma Ana Bock.

Isso quer dizer que dá perfeitamente para você estar feliz porque recebeu um aumento, ainda que não se sinta plenamente satisfeito com o seu trabalho e não seja reconhecido pelo seu chefe. Como também é possível sofrer porque ainda não teve dinheiro para conhecer Paris, mas no balanço geral, sentir-se satisfeito por tudo o que conquistou até agora. Resumindo: ninguém é feliz o tempo todo nem em todos os aspectos da vida. O conceito de felicidade eterna e plena é uma enganação.

A grama do vizinho é sempre mais verde

Se existe uma questão que atrapalha a busca pela felicidade é o desequilíbrio entre o que se deseja e o que é possível de ser realizado. O resultado da equação malfeita, em geral, é frustração. "Toda infelicidade é resultado da diferença entre o que quero e o que tenho", explica o economista-filósofo Eduardo Gianetti.
Para ele, é necessário adequar o plano de voo de acordo com o tamanho das asas. O que significa dizer: pode sonhar, sim, mas dentro de suas possibilidades. Se depois de anos de casada, por exemplo, você descobriu que seu marido não era exatamente o príncipe encantado com o qual sonhou, não precisa se sentir infeliz só por isso. Ele pode ser um excelente sujeito, que faz de tudo pela família. Então, aproveite. Não é todo mundo que tem a mesma sorte.

É importante, também, evitar comparações. Nem sempre é fácil ser feliz sabendo que o vizinho troca de carro a cada lançamento enquanto o máximo que dá para comprar é um seminovo. "Fazer comparações é da natureza humana. O que mudou com a tecnologia foram as referências", diz Gianetti.

Se antes a comparação era feita com alguém do mesmo grupo, o vizinho, por exemplo, hoje, com o avanço tecnológico, a disputa é com as imagens, seja da televisão, das revistas, ou da internet (basta dar uma olhada rápida na sua "timeline" do Facebook para achar que todo mundo tem uma vida bem mais interessante). A melhor saída para escapar da armadilha das comparações é aproveitar mais a beleza do seu jardim sem se preocupar com a grama –ou o álbum de fotos no Facebook– do vizinho.

Fonte:  http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2012/10/18/alcancar-a-felicidade-e-mais-dificil-para-quem-sonha-com-o-impossivel-e-teme-perdas.htm

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Dia das crianças... Não podemos esquecer destas...


Recebi esse vídeo de um grande profissional, psicólogo que eu considero exemplo de dedicação pelo trabalho que faz com as crianças e famílias. Carlos Barreto.

A música que toca ao fundo chama-se "Taare zameen par" e é tema do filme de mesmo nome.
Sei que é difícil fazer algo pelas crianças e seus problemas no mundo todo, mas podemos, pelo menos, dar um passo importante tentando educar as nossas.
A intolerância, a ganância, o egoísmo, a arrogância e a hipocrisia não nascem com as crianças. Elas aprendem. Tentem não ensiná-las.


Fonte:   http://www.youtube.com/watch?v=qg3WnudEq44&feature=youtu.be

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Quanto você está exposto online??

E tem gente ainda preocupado com satélites que tiram fotos... é você mesmo que faz isso com sua vida... Vamos pensar nisso??