Para identificar um jovem
talento, portanto, as empresas passaram a utilizar uma série de indicadores de
potencial que funcionam como sinais e anti-sinais do perfil de profissional que
desejam recrutar. Nosso papel na Cia de Talentos é justamente este: identificar
pessoas dotadas desse potencial e encaminhá-las para as empresas.
Para pensar nessa “peneira”,
foram sendo criadas exigências e mais exigências, que, pudemos observar ao
longo dos anos, mudam de um período para o outro, como ocorre com o
comportamento das gerações.
Como os programas de estágio e
trainee são mais recentes, não é possível traçarmos um paralelo mostrando o
impacto que esse tipo de programa surtiu nas gerações dos veteranos e dos
boomers. Mas podemos dizer, sem sombra de dúvida, que, a partir da geração Y,
essas passaram a ser duas das principais portas de entrada de universitários
para o mercado de trabalho. Mas, desde então, o perfil das competências
exigidas já passou por mudanças significativas.
Na década de 80, quando a palavra
de ordem nas empresas era produtividade, as duas características mais
valorizadas nos candidatos eram a iniciativa e a capacidade de trabalhar em
equipe. Nesse período, estar numa faculdade de primeira linha era o principal
pré-requisito. Além disso, começava-se a se estabelecer a necessidade de
dominar o inglês.
Nos anos 90, quando as companhias
se voltaram para a expansão dos seus negócios, acrecentaram-se à lista de
pré-requisitos do período anterior a exigência do MBA e o domínio de uma
segunda língua estrangeira, além do inglês. Ao mesmo tempo, as principais
competências requisitadas aos candidatos passaram a ser visão estratégica e
criatividade.
A partir de 2000, com a
consolidação da globalização, uma nova mudança se fez. As empresas começaram a
buscar pessoas com capacidade de lidar com culturas diferentes, de se adaptar
às mudanças, com disponibilidade para morar fora se necessário. Foi quando
entrou em cena outra exigência: a de que os candidatos tivessem, além da
fluência em dois ou mais idiomas, alguma experiência de vivência em outros
países. Nesse momento, a grife da faculdade deixou de ter um peso tão grande,
mas à lista de características desejáveis somaram-se maturidade, automotivação
e capacidade de gerir a própria carreira.
Atualmente, essa busca por
profissionais é orientada por três eixos fundamentais, que compõem habilidades
e competências necessárias para caracterizar um jovem talento.
Vejamos quais são elas:
Eixo negocial: conhecimento do
negócio da empresa, da estrutura de competitividade do setor em que a companhia
opera, foco nos clientes e fornecedores, domínio dos fatores críticos para a
geração de lucro.
Eixo empreendedor: raciocínio
estratégico, orientação para resultados, aptidão para criar novos negócios,
multifuncionalidade, autonomia em liderança, tolerância a riscos, capacidade de
sonhar e transformar sonhos em realidade, capacidade de mobilizar recursos,
foco no usuário, flexibilidade e criatividade.
Eixo cidadão e ser humano:
capacidade de conciliar o trabalho com outras dimensões da vida, de gerenciar
saúde, tensão e qualidade de vida, cidadania comunitária, nível de
conectividade interno e externo, inteligência emocional, capacidade de criar
condições para que a genialidade dos outros se manifestem.
Agora, faça uma autoanálise e
responda: Você já pode ser considerado um talento ou ainda está em construção?
Se ficar com a segunda alternativa, não perca tempo e comece já a se aprimorar.
Fonte:
http://msn.clickcarreira.com.br/querocrescer/2013/3/19/5229/o-que-e-talento,-afinal.html
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