BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES(1937)
Publicado em 22/08/2014

A década de 30, época da Grande Depressão Americana, levou-os geniais desenhistas a produzir um grande número de filmes de heróis,além de contos de fadas com finais felizes para encorajar a população a se reerguer. De fato, é lindo ouvir a voz lírica(dublada em português) e a presença encantadora princesa rodeada de animaizinhos da floresta, influenciando diretamente seu destino.Todavia, a fama negativa das madrastas ficou eternamente comprometida através dos anos,assim como o dogma do pecado original;pois a Bíblia não especifica qual seria a fruta em questão.
Hoje, só denominamos maça, talvez por influência principalmente da Rainha Grimhilde . O mesmo se pode dizer dos atributos dos inesquecíveis 7 anões. A disciplina que a princesa implantou naquela cabana foi outro ponto positivo, algo que deveria ser seguido por crianças desobedientes, mas acima de tudo, por solteirões despreocupados.
Indiscutivelmente o primeiro clássico da Disney foi senão, o melhor ou na pior das hipóteses uma das dez melhores animações de todos os tempos.
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OS ARQUÉTIPOS NOS CONTOS DE FADAS: BRANCA DE NEVE
Branca de Neve representa o ser iniciado, que nasce na terra. Três mulheres, são representadas neste conto, a primeira a sua mãe, que morreu quando ela nasceu, levando com ela todo o passado, todas as lembranças´- representa o esquecimento quando descemos a esse plano- o passado. Branca de Neve o presente a ser vivido e sua Madrasta o futuro, o desafio, as provas por qual terá que passar.
O espelho é a consciência, na medida em que o tempo passa o corpo físico se degrada, esse confronto é inevitável: “Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu” – O espelho sempre responderá você ontem, porque hoje estou mais velho, amanhã mais.
A Madrasta resolve mandar matar Branca de Neve, quer o seu coração, como prova da morte da pureza, da inocência, e Branca de Neve então foge pela floresta, se ficasse no seu castelo, não descobriria seu interior, começa a iniciação, pois a floresta representa o interior de cada ser.
Neste caminho ela vai encontrar todos os elementos da natureza, e lidar com suas energias representadas por sete anões.
Os anões são os centros vitais de forças, os chakras:
1 – Mestre – representa o coronário, ele é o chefe, a consciência espiritual;
2- Zangado – representa o chakra Frontal, pois ele é racional, se baseia na lógica e no raciocínio, intelecto;
3- Feliz — representa o laríngeo, é o mais gordinho, tem relação com as glândulas tireoide, é comunicativo, alegre;
4- Dengoso-– representa o cardíaco, é sentimental, emotivo, chorão, apaixonado;
5 – Soneca – representa o chakra Umbilical, o inconsciente, instinto primitivo, o sono, emoções inferiores;
6 – Atchim – representa o chakra esplênico (sexual), é o chakra responsável pelo filtro das energias nos órgãos sexuais, também responsável pelas alergias, ansiedades;
7 – Dunga – representa o chakra radico, básico, raiz, representado pela inocência, pelo principio, o menino, o inicio da coluna vertebral, é o chakra dos instintos;
Na relação da história, Dunga foi o primeiro a ver Branca de Neve. Nota-se no conto que o Mestre é quem lapida as pedras preciosas. O Mestre confunde as palavras quando fica nervoso, é uma das características do Chakra Coronário quando tiver em mal funcionamento a confusão, o atrapalhamento das ideias.
A branca de Neve conquista os Sete Anões, domina os chakras. O sete é também por excelência o número vibracional da mudança. Isso atrai para si, um confronto derradeiro, o lado negro surge trazendo o desafio crucial do interior.
A bruxa representa esse lado negro, oculto, essa força inconsciente. A maçã o conhecimento. Provar o conhecimento significa morrer, dentro do esoterismo isso significa a morte iniciática. Os anões a colocam num caixão de vidro, significando que ela está presa em si mesmo.
Surge então o Cavaleiro, uma figura até então indiferente na história, ele significa a energia masculina, a pingala, a energia kundalini positiva, a ação, fazendo uma analogia com o Tarot, o cavaleiro é o carro, o caminho, a carta número 7, símbolo do fogo.
O beijo é o encontro da energia branca, negativa – Lua, feminina chamada de ida da Kundalini, com a energia do fogo – Sol e quando isso acontece o ser desperta, ascende, transcende, conquista a si mesmo, levanta, se torna integral.
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