sábado, 31 de agosto de 2013

AT&T, operadora dos EUA, usa filme de Herzog de alerta sobre celular no volante

O aumento de acidentes provocados por motoristas que não desgrudam os dedos do teclado do celular está levando empresas de telefonia a chamarem para si a responsabilidade de alertar o público para os riscos.

Lideradas pela AT&T, as maiores operadoras de telefonia móvel dos EUA lançaram no início do mês um documentário sobre o tema, assinado pelo cultuado cineasta alemão Werner Herzog.

Em 35 minutos, o filme reconta as tragédias por meio de depoimentos bastante emocionados de vítimas, parentes e também motoristas.
Disponível pela internet, o documentário integra a campanha lançada no início do ano pela AT&T chamada It Can Wait (Ele Pode Esperar).

A partir de visitas em escolas, uso de tecnologia e muito compartilhamento em redes sociais, a campanha quer atrair as pessoas para assinarem o compromisso de nunca mais teclar ao dirigir.

Foi desenvolvido um simulador de direção, que está sendo levado às escolas e disponibilizado na internet, no qual estudantes são chamados a digitar enquanto dirigem em uma estrada virtual.

Há ainda um aplicativo que envia mensagens automáticas sempre que o motorista recebe um texto enquanto estiver na estrada.

Estudo do instituto de transportes da universidade Virginia Tech mostra que ler e digitar mensagens no celular aumenta em 23% o risco de provocar um acidente.
Só nos EUA, são 100 mil acidentes por ano envolvendo mensagens de celular e direção.
Considerada a pior distração para quem está dirigindo, o uso de mensagem de texto faz com que a pessoa fique quase 5 segundos sem olhar para a estrada. A uma velocidade de 90 km por hora, isso equivale a cruzar a distância de um campo de futebol com vendas nos olhos.

Pesquisa conduzida pela própria AT&T nos EUA mostra que 49% dos motoristas adultos admitem teclar ao volante. Entre os adolescentes, 43% admitiu fazer o mesmo (muitos Estados dos EUA permitem tirar carta de motorista aos 16 anos).

Para 43% dos adultos, teclar ao volante virou um hábito nos últimos três anos.
De forma um pouco mais tímida, algumas montadoras, como Fiat e VW, também começam a abraçar a causa e têm feito, lá fora, campanhas preventivas.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Homens podem ser culpados pela menopausa

Atenção, feministas: aqui vai mais uma para culpar os homens: a menopausa. Bom, pelo menos de acordo com uma nova teoria científica que diz que a menopausa surgiu como resposta ao curioso hábito masculino de buscar parceiras jovens. A teoria foi publicada na revista “Plos Computational Biology”, por um grupo canadense, e promete discussões acaloradas.
Segundo os autores, a consequência óbvia dessa famigerada tendência masculina é que a menopausa teria surgido como resultado de uma série de mutações degenerativas aleatórias, que se acumularam no genoma feminino. O fato de essas mutações se perpetuarem durante a evolução teria acontecido porque as mulheres se reproduzem antes de essas alterações genéticas surtirem efeito no indivíduo.
 
A nova teoria assume que a reprodução humana não é aleatória em relação à idade, ou seja, segundo o modelo, os homens preferem sempre copular com mulheres mais jovens. Se a reprodução ocorrer com mulheres mais jovens, mutações deletérias que afetam a capacidade reprodutiva feminina em idades mais avançadas irão acumular, escapando da seleção natural.
 
A menopausa sempre foi um mistério biológico intrigante. A maioria dos animais não tem menopausa (baleias assassinas têm!), nem mesmo nossos primos evolutivos, os chimpanzés, que conseguem se reproduzir mesmo em idades avançadas. Durante a menopausa, a mulher não tem mais menstruação e se torna infértil. Afinal, por que a evolução teria selecionado esse fenômeno fisiológico se isso justamente reduz as chances de reprodução de uma pessoa?
 
Alguns biólogos haviam proposto anteriormente a “teoria da avó”, sugerindo que a menopausa seria uma forma da mulher deixar de se preocupar com sua própria reprodução e auxiliar na criação dos netos, de certa forma ajudando na manutenção evolutiva de seu genoma. Porém, netos carregam apenas um quarto dos genes das avós, contra metade dos genes que estão presentes nos filhos.
Para fazer sentido, então, a menopausa teria que aumentar significativamente a sobrevivência dos netos. Trabalhos anteriores sugerem que a presença de avós maternas realmente aumentam a sobrevivência dos netos, mas é muito difícil excluir a contribuição da sociedade nesses estudos, deixando-os assim inconclusivos.
 
Por milhares de anos, os homens modernos têm preferido, em média, procriar com mulheres mais jovens, garantindo a sobrevivência de seus genes. O grupo canadense criou um modelo computacional para simular essa preferência masculina. O modelo mostra que, inicialmente, tanto homens quanto mulheres se reproduzem até o final da vida. Porém, com o passar das gerações, a preferência dos homens por mulheres mais jovens reduz as chances de mulheres mais velhas terem filhos, como esperado.
 
Ao incluir no modelo mutações aleatórias, algumas que podem ser deletérias para a reprodução em idade avançada, o simulador revelou que essas alterações não eram mantidas nos homens ao longo do tempo. Homens que paravam de se reproduzir em idades mais avançadas acabavam deixando menos filhos, diminuindo seu impacto genético na população. Isso não aconteceu com as mulheres mais velhas, pois essas já não eram mais escolhidas como parceiras sexuais.
 
Pelos cálculos desse modelo, o acúmulo de mutações ao longo de 50 mil a 100 mil anos poderia ter levado ao surgimento da menopausa, da mesma forma que outras mutações levaram ao surgimento de cabelos brancos ou rugas durante o envelhecimento de homens e mulheres. Interessante notar que, ao esticar a idade reprodutiva das mulheres (algo que vem acontecendo atualmente), elas poderiam ganhar uma vantagem evolutiva e a menopausa, em teoria, poderia deixar de existir.
 
Em contrapartida a esse modelo, vale lembrar que o tipo atual de preferência masculina pode ter sido selecionado justamente como consequência da menopausa, uma alternativa a ser considerada. Com o aumento da expectativa de vida dos humanos modernos, as mulheres passaram a ter muitos anos saudáveis antes do período fértil. Como resultado, os homens passaram a preferir mulheres mais jovens, já que s mais velhas perderam a capacidade de ter filhos.
 
Fonte:  http://g1.globo.com/platb/espiral/

Porque Rimos Tanto?

 
Aristóteles imaginava que eram as risadas que nos separavam dos outros animais, e que um bebê não tinha alma até o momento da primeira gargalhada. Aristóteles errou. Humanos não são os únicos animais que dão risadas, mas talvez sejam os únicos que dão risadas através do humor, as risadas sociais.
 
A questão de por que existe o humor e risadas em sociedades humanas tem desafiado diversos conceitos evolutivos. Seriam as risadas um adaptação evolutiva? Se sim, de onde vieram? Afinal, por que gostamos tanto de rir?
Risadas são um tipo de vocalização humana bem distinta. Existem diferentes tipos de risadas. Tem aquela risada nervosa, constrangedora. Rir de alguém pode ser uma forma de punição, um castigo social. Existe a risada contagiante, impossível de segurar. A risada das piadas ilógicas. E também o tipo de risada sem razão. Essa última é mais estranha, boba. Tem um amigo que sempre que me reencontra diz: “Ai, Alyssão!” e começa a gargalhar. Eu não resisto e gargalhamos juntos por alguns segundos antes de falar qualquer outra coisa… vai entender. Aliás, a risada para ser contagiante precisa de certo “coro” e “timbre”.
 
Muitos estudiosos têm visto o humor como uma ferramenta que auxilia a sobrevivência de informações sociais importantes. Piadas clássicas ou slogans são exemplos notórios. Essa interpretação é restrita ao tipo de cultura local, afinal o humor varia com a sociedade. Algo engraçado no Japão pode não ter a menor graça no Brasil e vice-versa. A “graça” que acompanha uma risada deu origem a uma das mais interessantes hipóteses sobre o humor e a função da risada dos últimos tempos.
 
Repare que o sentido de algo “engraçado” pode ser dúbio: significa algo hilário ou um problema, depende do contexto. Porém, muitas vezes, situações problemáticas favorecem o riso. Essa observação pode indicar que as risadas e o humor seriam uma forma de facilitar que humanos consigam concluir tarefas árduas, difíceis intelectualmente ou muito longas. Eu mesmo já me vi rindo sozinho depois de muitas horas de trabalho tentando concluir um relatório ou experimento.
De acordo com essa hipótese, a atração humana pelo humor seria suportada por um sistema de recompensa cerebral, lapidado pela evolução para proteger nossas mentes do acúmulo de erros ao executar algo difícil. Esse sistema tem sido explorado por comediantes no mundo todo, criando expectativas para piadas e frases de efeito ao surpreender o ouvinte com algo inesperado, mas recompensador.
 
Estudos indicam que rir sozinho não é tão recompensador quanto rir em grupo. A idéia do humor como um “debug” cerebral, favorecendo a colaboração social, é fascinante. Explica, por exemplo, que chimpanzés não dão risadas em grupo porque talvez não tenham o cérebro sofisticado o suficiente para permitir que o humor corra no background, sem distrair ou tirar a atenção de determinada tarefa. Se isso for mesmo verdade, seria possível desenhar experimentos para comprovar ou não essa hipótese. Será que pessoas que costumam resolver muitos problemas complexos riem com mais facilidade? Existem condições humanas onde o humor estaria comprometido, como no espectro autista ou na síndrome de Williams, por exemplo? Vai ser difícil validar essa ideia, mas intuitivamente faz sentido. Não acho que humanos consigam ficar muito tempo sem dar risada, precisamos lubrificar o cérebro e eliminar erros de vez em quando. Da próxima vez que estiver resolvendo um problema complicado, tente rir de alguma coisa. É capaz que depois da risada a solução venha mais facilmente. Rir é o melhor remédio.
 

Cupido Online

 
Para quem é da minha geração, é difícil esquecer da pergunta sarcástica do Silvio Santos ao casal que acabara de se conhecer: “Afinal, é namoro ou amizade?”. A proposta do saudoso programa era namoro na TV e tinha a reunião, mais ou menos casual, de rapazes e moças para um rápido flerte e quem sabe um algo mais. Nada mais engraçado do que ver o Silvio se deliciar com pescaria dos candidatos e candidatas.
Hoje a mídia é diferente. Milhões de pessoas encontraram sua alma gêmea pela internet. Mas será que realmente funciona tão bem quanto os métodos mais tradicionais, seja no baile, no bar ou através de amigos em comum? Aparentemente sim. Uma pesquisa com quase vinte mil americanos revelou que os casamentos que aconteceram após o casal se conhecer online são tão satisfatórios e estáveis quanto aqueles dos que se conheceram no mundo real.
 
A verdade é que quando essa história de namoro online surgiu, a ideia toda soava cafona e perigosa para a maioria das pessoas. Mas após um crescimento exponencial na última década, impulsionado principalmente por sites de namoro como “Match” or “OkCupid”, a experiência pegou. Interessante notar que essas empresas acabam acumulando muitos dados, de usuários cadastrados, permitindo uma análise do comportamento romântico humano no mundo virtual. Escrevi sobre isso no passado, numa observação do porquê mulheres tidas como “ligeiramente feias” aparentemente se saem melhor do que as “beldades universais” nesse mundo virtual.
 
A pesquisa mais recente, liderada pelo psicólogo John Cacioppo, consultor do site de namoro “eHarmony”, foi realizada com pessoas que se conheceram e casaram entre os anos de 2005 e 2012. No questionário, perguntas foram propostas para avaliar o grau de satisfação com o parceiro e estabilidade da relação. O estudo foi controlado para fatores como o tempo que a pessoa gasta na internet ou visitando sites de relacionamento. Com um óbvio conflito de interesse, Cacioppo requisitou a ajuda de dois estatísticos que não tinham conexão alguma empresas de namoro online. Além disso, Cacioppo conseguiu um acordo da “eHarmony” de que o estudo seria publicado independente dos resultados. A empresa aceitou.
 
O estudo confirma a atual impressão de que o namoro online é um dos tipos mais comuns hoje em dia. Metade da população entrevistada conheceu seu atual esposo(a) através de sites de relacionamento. A outra metade conheceu o parceiro em chats, blogs, games e outras ferramentas do mundo virtual. Mais do que isso, a pesquisa mostra que esses relacionamentos são duradouros. Na verdade, são significativamente mais duradouros e estáveis do que aqueles que se conheceram no mundo real. Uma diferença pequena, mas real. O estudo foi publicado na revista da Academia Americana de Ciências (PNAS) na semana passada.
 
O trabalho tem bons controles, mas não é perfeito. Os autores não controlaram, por exemplo, para o estado mental, o uso de álcool, histórico de violência doméstica, motivação para se casar ou tipo de personalidade dos participantes. Esses fatores são variáveis já conhecidas por interferir na estabilidade do casamento. É possível, caso essas variáveis sejam levadas em conta, que o estudo revele justamente o oposto. Difícil saber. A única certeza é que os relacionamentos online não vão deixar de existir tão cedo. E se não clicar da primeira vez, é sempre mais fácil pensar na repescagem online.
Crédito imagem: Reprodução/RPC TV
 
Fonte:  http://g1.globo.com/platb/espiral/

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Mulher para namorar e mulher para ficar: qual a diferença?

Ontem um texto bombou na internet. Era uma baboseira escrita por um menino adolescente sobre como deveria ser a garota para namorar e a garota para ficar. É claro que o blog era de uma revista adolescente, que deveria incentivar as meninas a saírem desse ciclo de auto depreciação, mas não foi o que fez.
O texto saiu do ar depois da enxurrada de críticas e do medo de que a palhaçada viralizasse como o texto de outra blogueira da mesma revista, quando não conseguiu furar fila na balada e se sentiu ofendidíssima. O problema é que ele não saiu da nossa cabeça e não vai sair tão fácil da cabeça de garotas inseguras.
Essa insegurança nos acompanha por toda a vida. Crescemos, nos tornamos independentes, bem sucedidas e ainda assim queremos estar dentro do padrão que alguém inventou sem nem consultar a gente. Um padrão irreal, de mulheres impossíveis de existir.
Acredito muito que esse tipo de pensamento masculino tem uma função ótima para a mulher: seleçãonatural. O cara que não consegue lidar com você vai se afastar e você, consequentemente, não terá de lidar com um babaca. Ok, tem mais babacas do que caras legais no mundo e um cobertor de orelha é necessário de vez em quando, mas não vale a pena se preocupar com certas exigências irreais.
A mulher para namorar devia ser aquela que mexe com o cara, que o faz se sentir vivo, cheio deenergia, querendo ser uma pessoa melhor e amolece seu coração. O faz pensar em como deixar o dia mais curto para estar com ela e aproveitar tempo ao lado de alguém tão bacana.
A mulher para ficar é aquele que ele ainda não conhece direito e está tendo um primeiro contato. Ela é interessante, tem algo que chama atenção em seu jeito, talvez seja bonita, charmosa. Ela é mulher para ficar porque ele ainda não sabe muito sobre ela, suas ideias e valores, mas depois ela pode se transformar em mulher para namorar.
Mulheres merecem ser felizes por si mesmas e não por outras pessoas. (Foto: iStock)A mulher para namorar, ficar ou transar é a mesma, só depende o dia em que você a encontra, o quanto a conhece. Não dá para acreditar em lendas urbanas de mulheres que são 100% isso ou 100% aquilo. Isso não existe entre mulheres, homens ou papagaios.
No texto, o garoto ainda fala sobre vulgaridade. E aí dói ver como esse menino tem ouvido os tios machistas. O que é vulgar? Muita maquiagem? Cabelo louro? Saia curta? Mas vale ser um só desses atributos ou precisa ser tudo junto? Ou não há claramente o que identifique uma mulher como vulgar? Ou nem ele sabe bem o que isso quer dizer e está só repetindo um comportamento que foi ensinado? Ninguém nunca pensou que a mulher que se veste dessa maneira se sente bem assim e que isso é um direito dela?
Mulheres não precisam estar dentro de caixinhas que vão agradar as expectativas masculinas ou das parceiras. Mulheres precisam estar dentro de suas próprias expectativas. Mulheres merecem ser felizes por si mesmas e não por outras pessoas.
Se um dia alguém disser que você não é mulher para isso ou aquilo, agradeça. Diga um “muito obrigada” em alto e bom som e vá embora. Deixe a pessoa pensando qual foi o favor que fez a você. O importante é que você sabe: foi a seleção natural te livrando de uma pessoa que poderia tornar sua vida um inferno ao tentar te colocar dentro de padrões que você não precisa seguir.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Como bate o coração de uma mulher

Para entender como bate o coração de uma mulher é preciso ter sentido algum dia na vida um pássaro preso na mão.

Não há blues, não há jazz, não há bossa, não há rock.
Não há educação de ritmo que nos faça entender, a princípio, essa coisa toda.
Não há escola, livro bom ou picaretagem de auto-ajuda. Ou se convive loucamente ou nunca vai saber o que seja uma mulher na vida. Mesmo convivendo loucamente, sabe-se pouco ainda. Eis o mistério do planeta, baby.

O coração de uma mulher sequer é bebop, é um sopro autoral no coração dos iluminados vagabundos, sopro que nos mantém vivos entre uma sístole e uma diástole.
Elas vão notar, de cara, quando se trata apenas de um donzelo a decifrá-las, um cabaço, mas tá valendo, bom é que seja homem e tente.
“Vem, meu menino vadio…”

É mais fácil enganar a Deus e a Darwin juntos do que enganar uma fêmea.
Cada mulher sopra de um jeito. Pobre de quem tenta entender como gênero ou discurso amoroso uma rapariga. Há mulher Billie Holiday, há mulher Nina Simone, há mulher crente, há mulher desgostosa, há mulher e isso é o que interessa.
Uma cachorra de hoje, uma Anitta, por exemplo, pode ser tão significante quanto uma Simone de Beauvoir na laje. Tão revolucionária quanto. Com a vantagem de não ter aguentado o ser, a náusea, o Jean-Paul Sartre.

Não há coração vira-lata no peito de uma fêmea.
Só sei que nada sei, como me disseram os dois Sócrates da minha vida, o grecorintiano e o grego de fato, mas tudo que aprendi no mundo aprendi com os pobres corações dos pássaros.
Embora em pequena cadeia comercial de família, capturei, prendi, vendi, trafiquei, no varejo de uma cidade do interior do Nordeste brasileiro –o centro do universo-, aves, bichos, passarinhos. Infinitas contradições da trajetória: amava, estimava e com tais criaturas ganhava um troco para o xerém da existência.

É preciso ter prendido algum pássaro ou soltado algum dia no aquário um peixe vermelho, mesmo sem ser aqueles caras cinematograficamente charmosos e metidos do “Rumble Fish”(by Francis Ford Coppola), para saber como desliza para dentro da sua vida uma mulher.
É preciso ter cuidado com pássaros, peixes e mulheres, é preciso respirar os mesmos ares e oxigênios, mesmo morando em São Paulo, mesmo dentro de um aquário ou de uma gaiola sob o Minhocão aos domingos.

A primeira vez que eu vi seu rosto, agora peço ajuda ao bardo Johnny Cash, digo, a primeira vez que eu beijei sua boca, eu senti a Terra girar em minha mão como o coração trêmulo de um pássaro de cativeiro, aquilo estava ao meu comando, minha pequena, como no meu primeiro tráfico de pássaros.
Mal sabia que não há domínio sobre os mistérios sagrados. As aves se domesticam; os peixes se aquietam diante de luzes, algas e farelos; as mulheres criam escamas, asas, mesmo as que não desejam sair nunca do mesmo canto –ou reino- cometem seus belos deslizes.

As mulheres não se contentam nunca. Aí mora a lindeza danada delas.
Tal como os tremores do coração de uma ave em cativeiro, viejo Johnny Cash.
Tal, mas nunca qual!

Para segurar minimamente uma mulher não há segredo. É só tentar rezar todas as manhãs para Nossa Senhora das ~Belas Bucetas~ Impossíveis, amém.

Para entender como bate o coração de uma mulher é preciso ter sentido algum dia na vida um pássaro preso na mão. Liso como um peixe vermelho.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Dia dos Pais...

São dezenas de frases de grandes personalidades que exaltaram a figura paterna como exemplo, como ideal a seguir. Uma mensagem de dia dos pais é uma maneira simples de representar o amor e carinho que temos por essa pessoa, tão importante, tão querida, que no fundo de nosso coração é coroado com o nome de PAI!

PARABÉNS A TODOS OS PAIS!!